quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Morte de empresário é esclarecida

Andrey Ricardo - Jornal de Fato 


O assassinato do empresário Augusto Vicente Lopes Neto, morto a tiros em 19 de setembro de 2009, foi praticamente elucidado após o resultado de um exame pericial. A arma utilizada para matar o dono de uma academia de musculação da cidade pertencia a Diego César da Silva de Moura, que tinha 26 anos e morreu em uma operação policial em 27 de setembro passado. O suposto mandante da do crime, João Paulo Fausto, o “Garotinho”, havia sido morto em 30 de janeiro desse ano.

A confirmação de onde partiram os disparos que mataram o empresário veio na tarde de terça-feira passada, quando o exame de balística feito pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) confirmou que a arma apreendida com Diego César, no dia em que ele morreu em confronto com policiais, é a mesma que foi usada para matar Augusto Lopes. “A gente já tinha essas suspeitas de que ele (Diego César) poderia estar envolvido e por isso pedimos o exame de comparação balística”, explica o delegado Teixeira Júnior, que assumiu a caso meses após o assassinato.

A arma é uma pistola cromada calibre 9 mm e o exame confirma apenas que os disparos partiram dessa arma. Quanto à participação de Diego César, o delegado diz ter certeza que ele estava envolvido. Porém, admite que agora será muito difícil afirmar com certeza quem realmente efetuou os disparos. A suspeita é que Diego César, que foi literalmente caçado por equipes das polícias Civil e Militar de Mossoró e região Oeste, Natal e também do Ceará, tenha sido contratado por João Paulo Fausto, o “Garotinho”, para cometer o crime. João Paulo é irmão da ex-mulher da vítima.

“Diego César era envolvido com todos os tipos de crime. Ele era uma espécie de faz tudo. Então, nós acreditamos que ele tenha realmente sido contratado para executar Augusto”, externa o delegado, lembrando que Diego César já havia sido investigado pela sua equipe em 2009, acusado de matar e queimar um taxista. Na época, Diego foi apontado como um dos participantes do violento assassinato do taxista Francisco Soares Rosado, o “Sertanejo”. Ele foi morto à tiros por Diego e seu comparas, Francisco Theonargi Lopes Moura, mais conhecido como “Téo”, e depois incendiado.

No rosário de crimes que são atribuídos ao assaltante e homicida Diego César, que também era conhecido como “Diego Neguinho”, estão assaltos contra autoridades, como um promotor de Justiça de Mossoró, arrastões em casas de praia na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará, bem como assassinatos a mando de terceiros. Ele foi morto após vários meses de perseguição, tendo inclusive escapado ilesos de inúmeras trocas de tiros com as polícias do RN. Ele foi morto em Tibau, durante uma nova troca de tiros com policiais civis e militares de Mossoró e região.

Investigação passou vários meses parada

O empresário Augusto Lopes Vicente Lopes Neto foi morto à tiros em 19 de setembro de 2009, no Bar da Tripa, situado no bairro Alto de São Manoel (zona leste). Ele estava com amigos quando foi surpreendido por um homem armado, usando um capacete.

O atirador se aproximou e efetuou uma série de disparos à queima-roupa contra o empresário, que não resistiu e veio a óbito ainda no local.

Na fuga, o atirador fez um casal que passava em um carro de refém. Ele obrigou os dois a seguirem em direção ao bairro Bom Jardim (zona norte). De lá, o bandido fugiu em uma motocicleta. As vítimas prestaram depoimento e disseram não saber se o motoqueiro já estava esperando pelo atirador ou se ele escolheu um motociclista aleatoriamente.

Na época, a versão foi contestada por policiais que participaram da investigação, suspeitando que o casal poderia estar ligado ao atirador, haja vista ações dessa natureza não serem realizadas dessa maneira. O tradicional é que o atirador tenha sempre alguém à sua espera para poder fugir.

Passados os primeiros meses após o crime, praticamente nenhum passo foi adotado pela investigação, que ficou ao encargo da Primeira Delegacia de Polícia Civil. A família tentou pressionar de diversas formas para que a investigação fosse realizada, de fato, mas esbarrou na falta de estrutura e também de empenho dos policiais que estavam no caso.

Só depois da chegada do delegado Teixeira Júnior, que assumiu uma delegacia totalmente sucateada, abarrotada de inquéritos parados, foi que o crime passou ser investigado, assim como outros casos.

“O que a gente fez foi apenas realizar os procedimentos que tinham que ser feitos. Não tem nenhum milagre nisso. Fizemos o nosso trabalho e conseguimos chegar a esse resultado”, resume.


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